terça-feira, 3 de julho de 2007

Chuva fina em céu de alma sofrida

Um amigo nosso deixou o planeta no domingo. Foi de forma trágica e violenta.

Me deu muito medo e, quem mora em mim - nessa vida tênue e de carne, teima em me fazer rever sentimentos acumulados sem razão, a considerar possibilidades que antes eram inviáveis, novas ações, acompanhadas de um viço, próprio de vida nova.

E é uma coisa louca o que acontece aqui dentro; o susto querendo fazer a gente tomar jeito e a tristeza que quer me fazer ficar quietinha, quietinha, com choro miudinho de chuva fina em céu de alma sofrida.

Quem mora dentro de mim, bem velha, tenta me alegrar. Aliás a alegria sempre foi minha principal característica. Se ela não pinta, é que o negócio tá brabo!...Dou uma escutadinha, viro do lado e suspiro. Deixa eu ficar, só por hoje, não-alegre, com choro de chuva miudinha...até o chorão, que é grande e forte chora, por que não eu?