A gente tem costume de guardar coisas. Às vezes é bom, como recordação, por puro capricho...Mas tem hora que é melhor desapegar.
Foi o que aconteceu comigo...
Sentia que estava em um momento de transformação, mudança de ciclo - sei lá que nome se dá.
Vai daí que meu corpo assimilou tudo isso e cristalizou pequeninas pedras em meus rins - e eu não sabia - às vezes a gente não conversa com o nosso corpo, né?
Até que iniciou-se um doloroso movimento dentro do corpo; aquele mesmo, próprio às transformações tão necessárias!
A pedra, medindo apenas 6mm (foto), conseguiu me arriar, comprimindo meu corpo, sobre si mesmo. Levou tempo até o diagnóstico: cálculo renal. Vi as benditas na ultrassonografia; elas estavam imóveis, como se olhassem pra mim, dizendo:
_É! Tá na hora de expurgar!!!
Vixe, que virou uma chavinha em mim! Meu corpo já se acostumou a falar comigo. E agora que eu não o escutava, foi preciso uma atitude mais drástica...ele recolheu o que não prestava mais pra mim, o que não tinha mais interesse e cristalizou.
Na verdade, esperava que eu fizesse algo à respeito.
Como eu não dei jeito, deu ele o seu: expulsava o resultado daquele processo, que não poderia deixar de ser doloroso. Assim, eu prestaria atenção.
Ele conseguiu, o meu corpo.
Parei, senti, meditei, chorei, pedi auxílio, encolhi, deixei que me ajudassem, compreendi, transformei, agradeci.
Descanso agora, em meu resguardo, e tenho certeza:
Não é cálculo, que eu não sou exata...é pedra, pedra de responsa!!!
POR CONTA DISSO, NÃO PARTICIPAREI DO ENCONTRO NACIONAL DE CONTADORES DE HISTÓRIAS EM STA BÁRBARA D'OESTE NEM ESTAREI NA PRAÇA NO PRÓXIMO SÁBADO (19/07/08).
NA OUTRA SEMANA ESTAREI LÁ. INTÉ.
NA OUTRA SEMANA ESTAREI LÁ. INTÉ.