domingo, 13 de maio de 2007

Mãe tem Dia?

Contar histórias, Contadora de Histórias!
Quando a Maíra me perguntou o que eu queria ganhar de presente no Dia das Mães, eu disse que não queria presente material, que ela já é o meu presente, blá, blá, blá...daí a gente conversou sobre a banalização das coisas que valem a pena, de verdade, só pro comércio ganhar seu din din...
Minha memória foi buscar lá na minha infância, o Dia das Mães. Chegamos então ao ambiente escolar, com minha professora nos ensinando como fazer uma "lembrancinha" pra dar de presente às nossas mamães...não me lembro ao certo o que era, mas me lembro de ter perguntado à ela:
_Professora, mãe tem dia?
Ela disse que não, que todo dia era Dia das Mães. Daí eu tornei a perguntar:
_Então por que a senhora não ensina como fazer lembrancinha todo dia?
Ela tentava me explicar sei lá o que, mas a classe tava bem animada, falando muito e bagunçando todo o material...ela foi acudir uma menina que se estapeava com outra por conta da bendita lembrancinha...
Fiz a minha lembrancinha, dei-a à minha mãe no Dia das Mães - que ficou bem feliz, vale lembrar!
Mas a minha inquietação, desde aquela época, pulava dentro de mim, que nem pipoca! Por que é que eu tinha que fazer coisas só quando diziam que eu podia fazer?
Cresci assim, difícil...e, quando a Maíra nasceu, eu resolvi: todo dia é dia de tudo, de qualquer coisa, Dia de dizer que eu amo ( toda hora), Dia de pedir perdão (vale voltar no quarto, depois da bronca), Dia de fazer comida gostosa (esse é pras lombrigas), Dia de brincar (pra criança que mora em todos nós), Dia de contar histórias (pra alimentar a alma), Dia de cantar (pra ser feliz), Dia de fazer carinho (pra fortalecer por dentro), Dia da filha (pra gente poder trocar), Dia da Mãe (pra fazer lembrancinha), Dia de não fazer nada (pra dar fôlego), Dia de comemorar qualquer coisa (pra gente ser livre), Dia da vó (pra sabedoria), Dia de comprar alguma coisa (pra fazer parte da sociedade), Dia de falar bobagem (só por que eu quero!), Dia de sair (pra ganhar mundo), Dia de namorar (pra ficar gostoso), Dia de lembrar de coisas (pra manter a vida), Dia de dançar (pra não enferrujar), Dia da preguiça (porque é bom à beça!), Dia de chorar (pra desaguar um bocadinho), Dia, de dia, de noite...
Eu, que fui uma terrível adolescente, só quando cresci bastante é que me dei conta da importância da minha mãe, em qualquer dia. E não precisa estar perto, não. Ela mora longe, mas nos falamos quase que todo dia. Essa história de mãe é muito forte, coisa que não se explica...a gente sente...Mulher que banca a gente aqui no Planeta, não é pouca coisa não!!!Não é só a gestação, que por si só já mereceria um prêmio do universo...é a coisa toda de educar, de ser presente...ser presente?
É isso, mãe é ser Presente. Então filho já recebe presente de mãe, certo?
Começo a rever meus valores...penso que filho tem que dar presente pra mãe!
Não, melhor: filho é presente! Mesmo quando está ausente...
Amo você mãe!!!!!!!

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