quarta-feira, 3 de setembro de 2008

NOITADA CULTURAL - Histórias que chegam com a noite...

O povo foi chegando... E se ajeitando...

O Cláudio-meu-amor, acendeu as velas dentro das lanternas para mim.

Olha o tantão de gente que tinha! Nessa hora os palhaços se apresentavam.

Demos um jeito na casa, era preciso trazer a noite de volta...

O Nelson, da Cia. Brancaleone de Teat(r)o fez as honras...

Táva tudo meio escurinho...

Chegou com a noite, a Mulher Esqueleto...

Mãe D'água deu uma passadinha...

E o gigante fez um barulhão!

A Kaline, que também é da Cia. Brancaleone de Teat(r)o ficou preocupada...a luz tava se acabando, e ela acendia outras velas, com medo do escuro em mim.

Ficou tudo gostoso: a meia luz, o silêncio, a risada, o olhar...uma pessoa no ombro da outra, repousando na confiança da amiga. Era um aconchego bonito de se ver...

Espero que as pessoas que estiveram lá, assim como eu, tenham ficado bem felizes!!!

Como diz Clarissa Pínkola Estés, em Mulheres que correm com os lobos:

" Sempre que se conta um conto de fadas, a noite vem. Não importa o lugar, não importa a hora, não importa a estação do ano, o fato de uma história esar sendo contada faz com que um céu estrelado e uma lua branca entrem sorrateiros pelo beiral e fiquem pairando acima da cabeça dos ouvintes. Às vezes, ao final de um conto, o aposento enche-se de amanhecer; outras vezes um fragmento de estrela fica para trás, ou ainda uma faixa de luz rasga o céu tempestuoso. E não importa o que tenha ficado para trás, é com essa dádiva que devemos trabalhar: é ela que devemos usar para criar alma."

Muito agradecida ao povo do Brancaleone, pelo convite, pelo acolhimento...

Muito agradecida ao povo do Sinpro, pelo quintal, pela lona...

Muito agradecida ao povo ouvinte, sempre, sempre, sempre!!!


As três primeiras fotos são do Cláudio-meu-amor - que tinha na mão uma máquina sem flash. As três últimas são do Gabriel Vinícius.

4 comentários:

  1. tava tão bom, mas tava tão bom, que acabou rápido de mais!
    muito agradecida pelas histórias...

    ResponderExcluir
  2. Oi linda...
    Eu é que agradeço a força e o coração atento!!!
    Grande beijo.

    ResponderExcluir
  3. Oi Débora espero que goste! bjs.

    A PAIXÃO DE DIZER

    Marcela esteve nas neves do Norte. Em Oslo, uma noite, conheceu uma mulher que canta e conta.
    Entre canção e canção, essa mulher conta boas histórias, e as conta espiando papeizinhos, como quem lê a sorte de soslaio.
    Essa mulher de Oslo veste uma saia imensa, toda cheia de bolsinhas. Dos bolsos vai tirando papeizinhos, um por um, e em cada papelzinho há uma boa história para ser contada, uma história de fundação e fundamento, e em cada
    história há gente que quer tornar a viver por arte de bruxaria. E assim ela vai resuscitando os esquecidos e os mortos; e das profundidades dessa saia vão brotando as andanças e os amores do bicho humano, que vai vivendo, que dizendo vai.

    ___Eduardo Galeano no livro MULHERES


    Marcela encantada perguntou a mulher que cantava, quem era ela e de onde vinha tanta doçura. A mulher com voz firme e sorriso estampado responde. Seu nome é Débora e quando menina ganhou de sua avó Maria uma enorme saia simples, de chita.
    E foi sua avó, a maior contadora de histórias desse mundo, quem a ensinou a pregar os bolsinhos na saia em quanto lhe contava muitas histórias incríveis.

    ____Aline Fonseca *Miojo*,
    com carinho.

    ResponderExcluir
  4. Queria Aline Miojo,
    Eu tô emocionada...penso que minha vó Maria também...
    Aposto que esse moço Galeano não sabia que tinha uma moça encantada com cabelo enroladinho saracutiando por aí...se soubesse, teria recolhido uma história dela...
    A saia ficou velhinha e eu tô costurando outra...de repente cê vinha me ajudar a costurar os bolsinhos...
    Adorei o carinho, viu menina?

    ResponderExcluir